Modernamente, podemos definir sustentabilidade empresarial como sendo um conjunto de práticas capazes de tornar uma empresa parceira do meio ambiente. Elas criam condições para que as suas atividades possam “sustentar-se” em longo prazo, a partir de ações que minimizem os impactos ambientais.
Além disso, uma empresa sustentável torna-se um instrumento civilizatório. De fato, ela utiliza-se de projetos e programas que ajudam a conscientizar os seus funcionários sobre os riscos ao meio ambiente.
Desse modo, empregado e empregador trabalham, em conjunto, para a preservação dos recursos naturais e humanos. E fazem isso na medida em que compreendem que os seres humanos, assim como o meio ambiente, também devem ser preservados em suas características e singularidades básicas.
Assim, a sustentabilidade empresarial recomenda que uma empresa reduza o consumo de água, energia e descarte resíduos sólidos com responsabilidade, por exemplo.
Concomitantemente a isso, estimula a ética na atividade empresarial e a entrega de melhores condições de trabalho aos seus funcionários; sem contar a proteção aos mais vulneráveis e outras práticas relativas às dimensões social, econômica e ambiental do seu segmento.
Nos últimos anos, a sustentabilidade empresarial emergiu como um conceito fundamental no mundo dos negócios. Não se trata apenas de uma tendência passageira ou um termo de marketing, mas sim de um compromisso genuíno das organizações com a responsabilidade social e ambiental.
Assim, a sustentabilidade empresarial visa equilibrar os interesses econômicos com os sociais e ambientais, garantindo que as companhias não apenas prosperem no presente, mas também criem um impacto positivo duradouro nas comunidades e no planeta.
A sustentabilidade empresarial implica na habilidade de equilibrar a busca por lucros com a preservação do meio ambiente. Além disso, inclui a missão de alinhar suas práticas aos “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos”.
Basicamente, esses princípios determinam que uma empresa saiba equilibrar a “busca por lucros” com o “respeito aos direitos humanos” e “a preservação da natureza”. Com isso, ela torna-se uma organização lastreada em um “desenvolvimento sustentável”. E por isso mesmo deixará de ser apenas uma “exploradora de recursos”, para tornar-se uma ferramenta civilizatória, como é o que se espera de uma empresa do séc. XXI.
Na verdade, como dissemos, o conceito de sustentabilidade nas empresas está diretamente ligado ao conceito de “desenvolvimento sustentável”. E, como sabemos, esse não é um pensamento novo; longe disso. As suas raízes modernas iremos encontrar no ano de 1972, quando a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano lançou as suas bases iniciais.
Resumidamente, o encontro recomendou o fim do empreendedorismo baseado, estritamente, na relação produção x consumo/oferta x demanda. Isso porque, segundo os especialistas, esse é o principal caminho para a degradação da natureza, a partir da poluição atmosférica e dos mananciais, além de produzir desigualdade social e uma perniciosa concentração de riqueza.
Nesse contexto, a sustentabilidade empresarial recomenda práticas como a extração de recursos naturais seguida de projetos de recuperação dos mesmos e avaliações de impactos ambientais. Além disso, propõe o cuidado em dar assistência e atenção às comunidades que vivem em seu entorno.
Ademais, esse conceito visa estimular a noção de que os funcionários são na verdade “colaboradores”; verdadeiros parceiros no desafio da obtenção de lucros sem a consequente degradação da natureza.
E poderíamos nos estender ainda mais aqui a listar uma série de iniciativas capazes de fazer de uma organização um verdadeiro “núcleo de crescimento civilizatório em uma determinada região”.
Inúmeras pesquisas, como aquela conduzida pela empresa norte-americana Union + Webster e utilizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), indicam que, apenas no Brasil, quase 90% dos consumidores preferem empresas sustentáveis ao fazer compras.
Além disso, aproximadamente 70% não se importam em pagar preços mais altos por produtos adquiridos nesse contexto.
Como resultado, cerca de 76% das indústrias brasileiras vem agindo rapidamente para implementar o conceito de sustentabilidade empresarial em suas operações. Isso leva à formação de um novo paradigma, com empreendimentos agora comprometidos em adotar práticas sustentáveis como a essência de suas atividades.
Resumidamente, o que essas empresas e indústrias hoje buscam é o equilíbrio. Elas buscam reforçar as práticas de respeito e oferta de melhores condições de trabalho para os seus funcionários, de modo a fazer com que as suas empresas tornem-se como extensões das suas próprias famílias.
Com isso, temos também a construção de um novo colaborador, agora empenhado em seguir tais práticas sustentáveis e torná-las a essência das suas atividades. E é o que justamente acaba fazendo com que uma empresa enquadra-se na categoria de um organismo verdadeiramente sustentável e ecologicamente correto.
Em síntese: ela irá garantir que as suas atividades sejam viáveis por décadas a fio, graças ao empenho em garantir que sempre terá, à sua disposição, os recursos naturais e humanos necessários. E todos eles em suas plenitudes e capacidades máximas, para que possam contribuir com a construção de um organismo social verdadeiramente completo, feliz e saudável.
Como vimos até aqui, o desenvolvimento sustentável nas empresas consiste na adoção de práticas e comportamentos éticos no âmbito empresarial e ambiental. Na prática, tais comportamentos são responsáveis por um crescimento econômico associado a menores impactos ambientais relativos às suas atividades.
Em suma, tais ações deverão resultar em fatos concretos. Elas deverão ser realmente mensuráveis. Isso significa que você deverá ser capaz de apresentar números que realmente comprovem a redução dos impactos ambientais das suas atividades produtivas.
Paralelamente a isso, por meio de estratégias como o Marketing Verde, por exemplo, uma empresa deverá mostrar para o mundo que realmente adota as melhores práticas de sustentabilidade empresarial. Dessa forma, ela também adequa-se a essa nova demanda por empresas sustentáveis; uma marca do séc. XXI, e que tem feito dos consumidores talvez os principais responsáveis por essa mudança de rota por parte das empresas.
Ao final, essas mesmas empresas recebem, em contrapartida, alguns benefícios como: melhora das suas imagens frente ao publico, aumento da sua carteira de clientes, redução de custos, aumento dos lucros, entre outros benefícios resultantes dessa nova visão de mundo.
Na verdade, uma empresa sustentável deverá ultrapassar o âmbito das suas atividades produtivas. Ela agora deverá interagir com projetos externos, dar sugestões para o aperfeiçoamento de leis ambientais e criar os seus próprios mecanismos de transparência.
Aliás, como uma curiosidade, nesse último caso, estamos falando de uma ferramenta não obrigatória. Por isso mesmo, ela define, com ainda maior precisão, essa característica de sustentabilidade que uma empresa passe a adotar frente ao seu público e ao mundo.
Uma empresa do séc. XXI, como dissemos, deve ser capaz de adotar um desenvolvimento sustentável no âmbito da sua produtividade. Logo, para isso, ela poderá, por exemplo, adotar certificações como a B.Corps, Certificação 2030 Today, Certificação ESG, Certificação Bonsucro, Renovabio, entre outras.
Em síntese, todas elas propõem-se a certificar que uma empresa está alinhada com boas práticas ambientais e cuida das comunidades no entorno das suas instalações. E mais: se ela está atenta aos atuais distúrbios climáticos e contribui para a redução da pobreza com as suas atividades produtivas.
Ademais, elas também certificam que as empresas estão de acordo com os atuais pilares da sustentabilidade. A saber:
Bem, em síntese, os benefícios da sustentabilidade empresarial estão diretamente ligados à sustentabilidade do planeta.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), as atividades produtivas são as que mais consomem recursos hídricos no mundo.
Somente a agropecuária, por exemplo, é responsável por 70% do consumo de água no planeta. Em contrapartida, as atividades industriais ficam com cerca de 22%. Enquanto as atividades domésticas são responsáveis por não mais do que 8% desse consumo.
Em vista disso, a adoção de práticas sustentáveis em uma empresa certamente resulta em benefícios sociais e ambientais inegáveis, como por exemplo:
Atingir essa tão sonhada sustentabilidade empresarial pode ser considerado uma arte! Na verdade, é uma arte que nem toda empresa é capaz de executar a contento.
No entanto, existem algumas dicas que costumam ser bastante eficazes na luta por levar a cabo essa tão desafiadora e exigente missão.
E entre elas, podemos destacar:
A estratégia é fundamental em todos os aspectos da vida empresarial. No contexto da sustentabilidade, isso envolve a criação de um documento que delineie a visão, missão e valores da organização. Além disso, uma empresa sustentável deve analisar as práticas de seus concorrentes, apoiar seus colaboradores e identificar pontos fortes e fracos em suas próprias operações.
Uma gestão financeira orientada abarca a redução de desperdícios, estabelecimento de parcerias sólidas, manutenção de funcionários engajados e outras práticas importantes. Excelência na Gestão: Uma gestão de qualidade é capaz de manter uma rede eficiente para a produção, armazenamento e distribuição de produtos.
As micro e pequenas empresas podem se integrar às cadeias produtivas das grandes organizações adotando práticas sustentáveis.
A gestão de recursos humanos eficaz envolve trazer os funcionários para o lado da empresa. O envolvimento dos funcionários é essencial para implementar práticas sustentáveis, já que eles são a linha de frente de qualquer organização.
Ao tornar o negócio uma ferramenta de inclusão social, preservação ambiental e combate ao trabalho escravo, o empreendimento demonstra comprometimento com as melhores práticas e melhora sua imagem pública.
As certificações são uma forma de sinalizar o compromisso com a sustentabilidade e demonstrar conformidade com os padrões modernos do setor. Além de melhorar a imagem da empresa, as certificações podem abrir novas oportunidades de negócios e evitar problemas legais e administrativos.
Inicialmente, pode ser desafiador visualizar o impacto que esses novos valores podem ter em suas operações, mas podemos assegurar que a sustentabilidade gera resultados significativos, tais como:
A incorporação da sustentabilidade empresarial confere desafios que variam em complexidade e impacto de acordo com a natureza e tamanho do negócio, mas geralmente incluem os seguintes aspectos:
Uma das principais barreiras é o custo inicial associado à adoção de práticas sustentáveis. Pois, pode envolver a compra de equipamentos mais eficientes, a implementação de tecnologias ambientalmente amigáveis ou a reformulação de processos de produção.
A sustentabilidade requer uma mudança fundamental na cultura corporativa – envolvendo a revisão dos valores da empresa, a alteração de processos internos e até mesmo a redefinição dos objetivos estratégicos do negócio. Essa transição pode encontrar resistência por parte dos funcionários e da liderança, exigindo um cuidadoso gerenciamento da mudança.
Uma vez que a empresa tenha se comprometido com a sustentabilidade, será preciso gerir e integrar os diferentes programas e iniciativas dentro do negócio – o que inclui estabelecer metas claras, medir o desempenho, identificar áreas de melhoria e comunicar os resultados de forma transparente para todas as partes interessadas.
De fato, a sustentabilidade empresarial é mais que uma tendência passageira; é uma necessidade urgente em um mundo onde os recursos são finitos e as demandas sociais e ambientais estão aumentando.
Assim, as organizações têm a responsabilidade e o poder de moldar um futuro mais sustentável, adotando práticas que equilibrem os interesses econômicos, sociais e ambientais. Ao fazê-lo, não apenas garantem seu próprio sucesso a longo prazo, mas também contribuem para o bem-estar do planeta como um todo.
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2 Comments
Muito interessante, parabéns pelo conteúdo pessoal.
Olá, Cássio! O Time da Horizonte Ambiental agradece o seu comentário.
Forte abraço!