Conforme dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), as maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil têm origem na mudança de uso da terra e na agropecuária.
Em 2022, essas duas atividades foram responsáveis por 75% das emissões climáticas do país. Além de liderarem os índices de emissões, elas têm um papel significativo no desmatamento de florestas tropicais, comprometendo a biodiversidade e desequilibrando ecossistemas essenciais.
Diante desse cenário, o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) emerge como uma solução estratégica. Neste artigo, explicamos como o REDD+ funciona e como ele contribui para enfrentar as mudanças climáticas, por meio de projetos que promovem a compensação de emissões de carbono. Aproveite a leitura!
O que significa REDD+?
De acordo com a definição da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), o REDD é um mecanismo voltado para recompensar financeiramente aqueles que preservam suas florestas, evitando o desmatamento e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa resultantes dessa prática.
Desde sua introdução na COP13, diversas iniciativas relacionadas ao REDD, como projetos, programas e fundos, vêm sendo implementadas, acompanhadas por atividades preparatórias. No entanto, é essencial distinguir essas experiências da política global de REDD, que ainda está em desenvolvimento sob a ONU.
Com a evolução do conceito, a Convenção ampliou sua abrangência para incluir ações de conservação, manejo sustentável das florestas e aumento dos estoques de carbono em países em desenvolvimento. Esses novos elementos deram origem ao REDD+, ou REDD Plus.
Como funciona?
A implementação de um projeto REDD+ inicia-se com a realização de um estudo para avaliar o risco de desmatamento na região e determinar a extensão da área florestal a ser preservada.
Com base nesse levantamento, são definidas as estratégias para garantir a conservação da área, como o fortalecimento da fiscalização, o manejo sustentável e a promoção de atividades que ofereçam benefícios sociais e ambientais.
Essas ações incluem alternativas de geração de renda para as comunidades locais, reduzindo a dependência do desmatamento para agricultura ou outras práticas, além da recuperação de áreas degradadas com valor ecológico comprometido.
Após essa etapa, o projeto é colocado em prática, sendo acompanhado por meio de monitoramento e avaliações periódicas. Essas análises permitem mensurar a quantidade de CO2 evitada e verificar a eficácia das ações realizadas, assegurando o cumprimento dos objetivos do projeto.
O que são projetos REDD+?
Os projetos REDD+ são iniciativas locais ou regionais implementadas em florestas tropicais para combater o desmatamento, promover o manejo sustentável e conservar a biodiversidade.
Essas iniciativas geralmente envolvem governos, organizações não governamentais, comunidades locais e o setor privado. Os resultados positivos são medidos em termos de redução de emissões de carbono e são certificados para gerar créditos de carbono negociáveis no mercado.
O mercado de carbono
O crédito de carbono no mercado refere-se ao mecanismo pelo qual países ou empresas que ultrapassam suas metas de emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem adquirir créditos de carbono para compensar o excesso.
Em essência, cada governo estabelece um limite máximo de emissões permitido, funcionando como uma licença para emitir até certo volume. Caso uma empresa emita menos que o limite, ela pode comercializar o excedente como crédito de carbono para outra empresa que tenha ultrapassado sua cota.
Esse sistema de compra e venda de créditos de carbono é conhecido como cap-and-trade. Cada crédito de carbono equivale a 1 tonelada de CO₂, promovendo um mercado regulado que incentiva a redução de emissões e a adoção de práticas mais sustentáveis.
Considerações Finais
De fato, o REDD+ representa um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas. Ao promover a conservação, o manejo sustentável e o aumento dos estoques de carbono florestal, o REDD+ não apenas mitiga os efeitos adversos do desmatamento, mas também sustenta a biodiversidade e os meios de subsistência das comunidades locais.
Assim, os projetos REDD+ mostram que é possível alinhar os interesses econômicos com a proteção ambiental, criando um mercado de carbono que beneficia tanto os países em desenvolvimento quanto as empresas que buscam compensar suas emissões.
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