Resumidamente, o processo de fundição consiste em elevar um metal a temperaturas extremas até que ele atinja o estado líquido. Logo após, despeja-se esse produto em espécies de formas de areia (ou metal) a fim de que ele se solidifique. A partir daí, o resultado é a produção de peças de metal para os mais variados fins, comercial, artesanal ou doméstico.
Ademais, sabe-se que tal segmento, por sua própria característica, possui algumas singularidades. Em síntese, uma delas é o conceito de gestão ambiental em fundição, cujo objetivo é o de minimizar, ao máximo, os impactos dessa atividade sobre o meio ambiente.
Em suma, uma das técnicas mais utilizadas nesse processo de fundição do metal são os moldes feitos com areia. Com efeito, esse material é o que melhor se comporta quando exposto a altas temperaturas. Por isso mesmo, também é considerada a melhor escolha para trabalhos com bronze, alumínio, magnésio, latão, entre outros incontáveis materiais.
Como vimos, o processo de fundição inicia-se com a transformação do metal ou liga de metal em um líquido. A partir daí, o fundidor terá a incumbência de vazar esse líquido em formas, na maioria dos casos, compostas por areia artificial ou natural.
Com efeito, trata-se de um processo eminentemente artesanal, mas que, apesar disso, costuma gerar um bastante problemático passivo ambiental em áreas de fundição. Por isso mesmo, tal segmento também precisa estar de acordo com o que preconizam as principais leis ambientais atualmente em vigor no país.
A título de exemplo, temos a Lei Estadual nº 997/76, Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605/98, a Resolução Resolução CONAMA nº 420/2009, Decisão de Diretoria nº 038/2017/C da CETESB, entre diversas outras. Em suma, este tipo de atividade demandam diversas autorizações e licenças. E, entre as principais, estão a Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO), entre outras não menos importantes.
O processo de fundição em ferro e aço (liga ferrosa) produz peças com acabamentos diversificados e dimensões variadas. Ademais, essa arte de fundir os metais muitas vezes se utiliza de materiais não-ferrosos, como o magnésio, cobre, alumínio, etc.
Inicialmente, o processo se dá com a confecção de um modelo com as características o mais próximas possíveis da peça que você pretende fundir. É justamente com esse modelo – geralmente de aço, resina plástica, madeira, alumínio, etc. – que você irá produzir os moldes. Mas terá que fazer isso cuidando em observar que esses modelos se adaptem bem aos processos de contração ou sobremetal da liga metálica despejada.
Logo após, é hora de produzir os moldes propriamente ditos. Em síntese, o fundidor deverá produzi-los à base de areia e aglomerantes com características refratárias, ou seja, que resistem a altas temperaturas. São esses moldes que irão receber a liga metálica a ser fundida, e por isso mesmo precisam ter características bastante específicas.
Paralelamente a isso, o processo de fundição segue com a fusão, vazamento (preenchimento dos moldes com o metal líquido) e desmoldagem. E é justamente por ser um processo extremamente técnico que a área de fundição e a questão ambiental precisam concordar em inúmeros pontos. Principalmente no que diz respeito à geração de um passivo ambiental que está devidamente previsto na legislação ambiental brasileira.
De fato, a gestão ambiental em fundição configura-se como uma das principais exigências desse segmento. Em primeiro lugar, devido ao fato de que, após várias moldagens, a areia que você utilizou tornar-se-á imprestável. Além disso, durante o processo, formam-se tablets de areia que da mesma forma você precisará descartar.
Logo, uma característica essencial das fundições é a necessidade da renovação constante dessa areia utilizada na confecção dos moldes. Desse modo, de acordo com as exigências da atual legislação ambiental brasileira, essa areia precisa ser convenientemente descartada; de preferência reutilizada, reciclada ou disposta de maneira ambientalmente correta.
Ademais, a principal exigência no que diz respeito ao passivo ambiental em fundição é a de que este seja corretamente identificado por meio de análises técnicas. De fato, para atender a tal exigência, você deverá levar em consideração a utilização do solo e a sua topografia.
Além disso, deverá conhecer a legislação local, as características dos recursos hídricos, entre outros critérios importantes. Dessa forma, a gestão ambiental em fundição acabará contemplando, por exemplo, o controle dos resíduos sólidos, monitoramento das águas e solo.
Paralelamente a isso, uma boa gestão de resíduos deverá garantir o controle do armazenamento dos resíduos em local apropriado, a fim de que esses materiais não contribuam para a poluição das águas subterrâneas e solo.
Concomitantemente, você deverá observar a necessidade de escolher um local coberto e com piso impermeável para armazenagem da areia que utilizou; isso sem contar o treinamento do pessoal, a fim de que eles estejam aptos a registrar toda a operação e observar os procedimentos mais adequados.
Em resumo, os estudos de passivo ambiental em área de fundição deve contemplar uma Avaliação Ambiental Preliminar e uma Investigação Confirmatória. No primeiro caso, trata-se de uma das fases do “gerenciamento de áreas contaminadas”. De fato, essa é uma das exigências da Resolução nº 420/2009 do CONAMA e DD nº 038/2017 da Cetesb, que consiste numa análise inicial do local caracterizando as atividades desenvolvidas e desenvolvimento identificando possíveis áreas fontes e suspeitas de contaminação.
Em suma, tal avaliação está prevista na Norma ABNT NBR 15515-1, cujo objetivo é o de proteger a qualidade do solo e das águas subterrâneas. Além disso, é o estudo que acompanha o Plano de Desativação e Declaração de Encerramento de Atividade na Cetesb, para atividade com histórico de licenciamento ambiental, conforme previsto na Decisão de Diretoria nº 038/2017.
Resumidamente, essa Avaliação Preliminar consiste na reunião de documentos e vistas de processos na Prefeitura, órgão ambiental e demais órgãos pertinentes sobre o histórico de ocupação da área, com direito a registros fotográficos, entrevistas com os interessados e análises de fotografias aéreas multitemporais sobre a evolução do imóvel. Ademais, uma boa gestão ambiental em fundição também contempla informações sobre as características da geologia, hidrogeologia, pedologia e demais caracterizações do ambiente físico.
De resto, essa avaliação também deverá contemplar a produção de um “modelo conceitual inicial” e um Plano de Investigação Confirmatória, caso necessário. Desse modo, após o levantamento de todas as características da atividade naquele local, a Investigação Confirmatória poderá ser executada.
Na etapa de Investigação Confirmatória são realizadas sondagens para instalação de poços de monitoramento de água subterrânea, poços de vapor, coleta de água, solo e vapor e análises em laboratório acreditado pelo INMETRO.
Ao final, é produzido o Relatório de Investigação Confirmatória conclusivo atestando se a área está ou não contaminada.
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