Degradação ambiental: causas e efeitos
O mundo nunca produziu tanto, consumiu tanto ou avançou tecnologicamente como nos últimos séculos. No entanto, esse progresso tem um preço oculto: destruição dos recursos naturais que sustentam a vida.
Florestas que levam milênios para se formar são derrubadas em décadas. Rios que abasteceram civilizações inteiras agora carregam mais plástico que peixes. O ar, antes puro, tornou-se um coquetel tóxico em metrópoles congestionadas.
Portanto, a degradação ambiental não é um acidente, mas o resultado de um modelo de desenvolvimento que trata o ecossistema como uma fonte inesgotável de recursos. Porém, compreender as raízes do problema é o primeiro passo para buscar interromper esse ciclo. Assim, saiba tudo sobre degradação ambiental no post de hoje.
O que é degradação ambiental?
A preservação da natureza é fundamental para a manutenção de todas as espécies na Terra. Contudo, ao longo da história, as atividades humanas vêm causando danos ao meio. Dentre os impactos ambientais, um de bastante relevância, dentro da literatura acadêmica e do contexto sociopolítico da atual sociedade, é a degradação ambiental.
Esse fenômeno pode ser entendido, conforme Lemos (2001), como destruição, deterioração ou desgaste gerados ao meio ambiente a partir de atividades econômicas e de aspectos populacionais e biológicos.
Quais são as principais causas da degradação ambiental?
A degradação ambiental é a precarização das condições de vida para as espécies e a perda do equilíbrio entre as diversas formas de vida —que é uma das características de um bioma natural. Alguns dos tipos de degradação ambiental mais comuns são:
- Poluição, que acarretada pela ação humana, resulta na contaminação do solo e da atmosfera por meio de poluentes que são liberados pelas indústrias e despejados em esgotos, além do descarte incorreto de resíduos.
- Desmatamento, este caracterizado pelo desflorestamento de grandes áreas, o que leva ao empobrecimento do solo e desequilíbrio das formas de vida locais.
- Salinização, um efeito causado pelo excesso de sais minerais na agricultura, e está ligado ao mau uso da irrigação, levando à infertilidade do solo.
- Queimadas, que são muito utilizadas para remover a vegetação, possuem o efeito de fertilizar o solo, mas o efeito sobre a fauna e o equilíbrio do bioma é devastador.
- Efeito estufa, desencadeado pela emissão de gases poluentes na atmosfera, que acarretam no aquecimento global, com perspectiva de consequências desastrosas.
Exemplos de degradação ambiental
A degradação ambiental se manifesta de diversas formas ao redor do mundo, afetando ecossistemas, comunidades e a saúde humana. A seguir, apresento alguns exemplos significativos:
1. Queimadas em 2024
Em 2024, os incêndios florestais no Brasil devastaram mais de 30 milhões de hectares, uma área equivalente à da Itália e 79% maior que no ano anterior. Três quartos dessa área eram vegetação nativa, e quase 60% pertenciam à Amazônia.
Esses incêndios não apenas destruíram vegetação, mas também aumentaram as emissões de gases de efeito estufa.
2. Poluição do rio Citarum, Indonésia
O Rio Citarum, em Java, Indonésia, é considerado o mais poluído do mundo, com níveis de plomo 1.000 vezes superiores aos padrões de segurança.
A contaminação extrema é resultado de décadas de crescimento industrial descontrolado, falta de tratamento de resíduos e negligência governamental, afetando a saúde pública e ambiental.
3. Sensação térmica extrema nas favelas do Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, especialmente no Complexo da Maré, a sensação térmica chega a ultrapassar 60°C devido à alta densidade populacional, ausência de áreas verdes, construções com má ventilação e materiais que retêm calor.
Esse fenômeno, conhecido como “ilhas de calor”, é agravado pela localização das comunidades em regiões asfaltadas e cercadas por grande infraestrutura viária, tornando-as vulneráveis às mudanças climáticas.
4. Desertificação no nordeste brasileiro
No Nordeste do Brasil, práticas inadequadas de irrigação e uso intensivo do solo têm contribuído para a desertificação de áreas, como o semiárido.
A salinização do solo, provocada pela utilização de técnicas equivocadas de irrigação, tem levado à infertilidade do solo, comprometendo a agricultura e a segurança alimentar.
Considerações finais
De fato, a degradação ambiental é um problema complexo e urgente, resultado de séculos de exploração irresponsável dos recursos naturais. Afinal, os seus efeitos já são sentidos em escala global, com impactos diretos na saúde humana, na economia e na estabilidade climática.
No entanto, ainda há tempo para reverter parte dos danos por meio de políticas públicas eficientes, tecnologias sustentáveis e mudanças nos padrões de consumo. Somente com esforços conjuntos será possível frear a degradação e construir um futuro mais justo e sustentável.
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