A indústria automotiva tem um impacto significativo na economia mundial, gerando empregos diretos e indiretos em todos os continentes e movimentando bilhões de dólares em transações internacionais.
Apesar do crescimento recente desta indústria no Brasil, ela enfrenta desafios como a concorrência de outros países e preocupações ambientais. Porém, as perspectivas para o setor nos próximos anos são promissoras.
Conheça no post de hoje um pouco mais sobre a história da indústria automotiva e a sua relevância global. Aproveite a leitura.
A indústria automotiva está enfrentando uma revolução: tecnologias inovadoras estão entrando no mercado automobilístico.
As novas gerações de utilizadores têm expectativas diferentes que favorecem o surgimento de novos modelos econômicos.
Tendo em vista, as regulamentações ambientais e de segurança que estão cada vez mais rigorosas e forçam os fabricantes a fazer investimentos consideráveis.
Então vamos entender um pouco melhor todo contexto da fabricação automotiva.
A indústria automobilística, também conhecida como automotiva, é aquela que se concentra na produção de veículos motorizados para transporte de pessoas, animais e mercadorias.
Esta indústria teve seu início em 1903, quando Henry Ford estabeleceu a Ford Motor Company, e desde então tem sido responsável pela produção em massa de veículos – desde o design até a venda desses produtos duráveis, abrangendo todas as fases do seu desenvolvimento, incluindo publicidade.
Segundo a Resolução nº 396 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada em 13 de dezembro de 2011, os veículos podem ser classificados como leves e pesados.
Os leves incluem carros, SUVs, motos, utilitários e pick-ups, com peso máximo (bruto) de 3.500 kg. Por outro lado, os veículos pesados podemos citar caminhões, tratores de rodas, ônibus, microônibus, motor-casa, entre outros.
Essa indústria automotiva sempre empregou muitos trabalhadores, mesmo nos dias de hoje com o avanço da tecnologia, onde muitos trabalhadores foram substituídos por robôs, a mão de obra humana ainda é muito solicitada.
Porém um dos benefícios da substituição braçal pela maquinária para a indústria automotiva é o aumento da produtividade.
Cada dia mais com o aumento da automação as indústrias passaram a ser mais eficazes aumentando a segurança na operação.
Lembrando que as tecnologias são aplicadas durante os processos e também na fabricação direta do veículo, peças e acessórios.
E quando o assunto é segurança todo investimento na indústria automotiva se faz necessária.
De acordo com a Revista Quadro Rodas, aproximadamente 70% da produção na indústria automotiva é realizada por robôs. O foco das tecnologias é alcançar uma integração harmoniosa e eficiente em todos os processos de fabricação de veículos.
Os robôs aceleram a produção, permitindo que em algumas fábricas um carro seja produzido a cada minuto, graças aos avanços tecnológicos. Na etapa final da fabricação, o trabalho manual entra em cena para os detalhes de mecânica e tapeçaria. No entanto, um rigoroso controle de qualidade é conduzido para garantir a perfeição do produto final.
As etapas básicas na fabricação de um veículo incluem estamparia, estrutura, funilaria, aplicação das portas, pintura, montagem do motor, montagem geral e, por fim, o veículo pronto para entrega.
Etapas básicas na fabricação de um veículo:
A relação entre máquina e homem é simbiótica, onde a harmonia é essencial. Os robôs realizam as soldas enquanto os humanos cuidam da inspeção e dos detalhes finos.
Nos primeiros anos do século XX, a indústria automotiva começou a se estabelecer diretamente no Brasil. O primeiro carro a chegar ao país foi um Peugeot importado da França, desembarcando no Porto de Santos em 1894, sob a iniciativa de Alberto Santos Dumont.
Em 1919, a Ford estabeleceu sua presença no país, seguida pela General Motors em 1925, ambas fixando-se em São Paulo. Em 1928, a estrada Rio-São Paulo foi inaugurada pelo então presidente Washington Luís.
Entretanto, foi somente durante os mandatos dos presidentes Vargas e Kubitschek que a indústria automotiva brasileira começou a ganhar destaque. Medidas importantes foram tomadas, incluindo a proibição de altas taxas sobre peças e a importação de automóveis montados.
O desenvolvimento desta indústria também impulsionou outros setores, como a Siderúrgica Nacional, que permitiu a fabricação local de chapas, ferros e aços, materiais essenciais para a produção de veículos.
Juscelino Kubitschek criou condições favoráveis para que as indústrias pudessem adotar tecnologias estrangeiras. O marco do primeiro carro nacional ocorreu em 1956, quando a Romi obteve licença para produzir o Isetta, um minicarro italiano. Este veículo, conhecido como Romi-Isetta, apresentava um motor semelhante ao de uma moto, rodas pequenas com aro 14 e apenas uma porta.
Logo após, outras fábricas nacionais começaram a produzir automóveis totalmente brasileiros, muitos baseados em modelos europeus e americanos, porém fabricados localmente. Juscelino Kubitschek ainda fundou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA).
A Volkswagen estabeleceu sua sede em São Bernardo do Campo em 1959, iniciando a montagem de fuscas e kombis, e se tornou líder na indústria automobilística brasileira por várias décadas, até os anos 90.
Com isso, as ruas brasileiras rapidamente se encheram de modelos nacionais, com as principais indústrias sendo Fiat, Ford, GM e Volkswagen.
A indústria automobilística brasileira é reconhecida como uma das mais competitivas globalmente e figura entre as principais produtoras de veículos, com mais de 4 milhões de automóveis comerciais leves fabricados anualmente em suas instalações.
Este setor influencia na criação de empregos, com mais de um milhão de empregos diretos e 2,5 milhões de empregos indiretos em diversas atividades relacionadas à produção, venda e manutenção de veículos. Além disso, estimula a inovação tecnológica e contribui para o desenvolvimento da infraestrutura, através da construção e manutenção de rodovias.
A crescente demanda por veículos, tanto no Brasil quanto no mundo, tem impulsionado o crescimento contínuo da indústria de autopeças, assim como a produção de borracha e sua utilização na fabricação de componentes automotivos. Outro segmento que se beneficia é a produção de borracha e na utilização dessa matéria-prima para fabricação de artefatos automotivos.
No último ano, o setor experimentou transformações em termos tecnológicos. De fato, a interconexão entre tecnologia e mercado de veículos está se tornando cada vez mais relevante, e a tendência é que essa relação se fortaleça ainda mais com os avanços previstos.
Os veículos elétricos já estão presentes no mercado brasileiro, com um aumento significativo de 91% nos emplacamentos de eletrificados leves em 2023, totalizando 93.927 unidades, conforme relatório da ABVE.
Paralelamente, há uma tendência crescente no uso de biocombustíveis no mercado automotivo, especialmente considerando a previsão de produção de 35 bilhões de litros de etanol em 2024.
Os sistemas avançados de assistência aos motoristas estão se tornando cada vez mais comuns, utilizando sensores e câmeras para monitorar o ambiente ao redor e oferecer alertas proativos.
Além disso, a manutenção preditiva permite intervenções programadas antes que problemas mecânicos se tornem mais sérios, o que reduz custos e aumenta a confiabilidade dos veículos.
Uma tendência crescente no mercado automotivo é a integração de serviços públicos e privados de transporte em um único sistema.
No Brasil, essa abordagem ainda está em desenvolvimento, mas a ideia é oferecer aos usuários a possibilidade de escolher entre diferentes modais para seus deslocamentos, com flexibilidade nas opções de pagamento, incluindo modelos de assinatura ou pagamento por uso, tanto pré-pago quanto pós-pago.
A Inteligência Artificial está se consolidando como uma tendência no mercado automotivo, com avanços esperados na implementação de sistemas de nuvem para análise de conjuntos de dados unificados, automação de processos para auxiliar nas tomadas de decisões e agilizar tarefas operacionais, utilização de Machine Learning para operação mais autônoma e eficiente de máquinas, além do uso de algoritmos para identificação de padrões e comportamentos.
Está se tornando uma necessidade acompanhar as tecnologias, desse modo as principais vantagens são:
As preocupações ambientais vêm ganhando mais destaque dentro das empresas e o setor automotivo não está imune a essa tendência. Para as montadoras, adotar estratégias de sustentabilidade durante o processo de produção não só representa uma vantagem competitiva, mas também melhora a imagem da empresa e contribui para a redução de custos.
Portanto, é basilar para esse segmento implementar uma política de gestão ambiental, uma vez que o processo produtivo das indústrias automotivas pode gerar diversos impactos no meio ambiente, desde o consumo de energia até a geração de efluentes líquidos residuais de tintas e outros produtos químicos.
Para garantir o funcionamento de qualquer empresa, deve-se obter o licenciamento ambiental. Ele estabelece as regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser seguidas pelo empreendimento.
O processo de obtenção do licenciamento ambiental envolve três etapas principais:
A Lei 12.305/2010, mais conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelece os critérios para a gestão de resíduos sólidos e atribui às empresas geradoras a responsabilidade pela destinação final ambientalmente adequada desses materiais.
No setor automotivo, as companhias têm a obrigação de coletar, transportar, tratar e destinar adequadamente os resíduos gerados, como baterias, óleos lubrificantes, pneus e produtos eletrônicos. Ademais, devem implementar sistemas de logística reversa, onde os produtos ou partes deles, após o consumo, retornam para a fabricante por meio de distribuidores ou lojas credenciadas.
Ao receber esses itens, a indústria pode reutilizá-los ou descartá-los corretamente, o que contribui para a redução da produção de resíduos e para a preservação do meio ambiente.
Para que os resíduos possam ser encaminhados para local devidamente licenciado o CADRI é exigido – Certificação de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental.
O CADRI é um documento emitido pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, aprovando o encaminhamento dos resíduos para local ambientalmente adequado.
A CETESB é o órgão ambiental do Estado de São Paulo e realiza a fiscalização e licenciamento de atividades potencialmente poluidoras.
Mesmo que, de fato, haja uma tendência muito forte para a automação e a robotização, o fato é que os humanos permanecerão no centro da fabricação de veículos automotores.
Em um sistema complexo, a capacidade de se adaptar aos incidentes gerados continuará sendo prerrogativa do homem por muito tempo.
Em todas as questões de melhoria da qualidade e interação dos sistemas, o homem permanece muito superior a todos os sistemas automatizados que podemos imaginar hoje.
Na fabricação de veículos automotores as novas tecnologias estarão no cerne do desempenho.
Por outro lado, o homem está no centro do sistema e as tecnologias devem vir para ajudá-lo em sua tarefa.
Vemos então o surgimento da ergonomia cognitiva.
Isso resulta em uma nova carga mental, nascida da necessidade de o operador escolher a peça adequada entre outras estando em constante vigilância.
Por fim, fala-se cada vez mais em robótica colaborativa, ou seja, no fato de que humanos e robôs podem trabalhar juntos.
Além dos meios de fabricação cada vez mais sofisticados que podemos implementar, o lugar do homem, o principal fator de qualidade, deve ser mantido no centro do sistema.
Então, esse artigo foi útil? Foi o que esperava encontrar? Deixe a resposta na forma de um comentário, logo abaixo. E saiba que é com a ajuda deles que conseguimos aprimorar, ainda mais, os nossos conteúdos.
Ainda com dúvidas? Clique aqui e fale já com um consultor ambiental!
E aí, gostou do artigo acima?
Que tal deixar um comentário abaixo?
Não esqueça de compartilhar em suas redes sociais e de marcar os seus amigos!
Fique de olho em mais novidades e até a próxima!
Telefone Fixo: (19) 3604-3682
Celular/WhatsApp: (19) 9.9961-2934
E-mail: [email protected]
Fique por dentro das principais notícias e informações da área ambiental
Solicite Já O Seu Orçamento no WhatsApp!