O aumento recente nas emissões de gases de efeito estufa causaram uma preocupação significativa na questão do aquecimento global. Esses gases criam uma camada ao redor da atmosfera terrestre criando uma espécie de estufa, onde o calor solar chega até à Terra, mas apenas uma pequena parcela consegue escapar para a atmosfera.
O efeito estufa é essencial para a manutenção da temperatura terrestre. Porém, com o aumento dessa camada, mais raios são mantidos na atmosfera, aumentando assim a temperatura do clima global.
Em uma tentativa de minimizar o aquecimento global, representantes de todos os estados propuseram medidas e protocolos que estabeleçam uma meta e um maior controle na emissão de gases de efeito estufa. Uma delas foi o Protocolo de Quioto, desenvolvido globalmente em 1997.
Atualmente, medidas e ferramentas de identificação e controle, como o Inventário de Gases de Efeito Estuda, são utilizadas a auxiliar num maior controle e manutenção das emissões destes gases. Neste artigo falaremos um pouco sobre os Gases de Efeito Estufa e seu controle.
O Protocolo de Quioto é um tratado internacional com o objetivo principal de estabelecer metas para reduzir e estabilizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Este acordo é derivado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e foi elaborado em 1997 durante a III Conferência das Partes da UNFCCC (COP-3).
O Protocolo de Quioto, porém, só entrou em vigor apenas em 2005. Para entrar em vigor, o Protocolo precisava ser ratificado (validado) por pelo menos 55% dos países-membros da convenção e que fossem responsáveis por, pelo menos, 55% da emissão total de GEE de 1990. Entre os principais países emissores de GEE, somente os Estados Unidos não ratificaram o protocolo.
Dentre os gases podem se destacar seis dos principais causadores do efeito estufa: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6), hidrofluorcarbonos (HFCs) e perfluorcarbonos (PFCs).
O inventário de Gases de Efeito Estufa, pode ser entendido como uma forma de identificar e quantificar as fontes de emissão decorrentes de determinada atividade. Funciona como uma espécie de “raio-X” da empresa, grupo econômico, cidade, estado, etc., que contabiliza e organiza dados sobre as emissões de GEE.
Esta ferramenta pode ser utilizada como ferramenta de gestão pelas instituições a fim de se ter um maior controle e cumprimento de leis, padrões e protocolos, (WRI).
Através da ISO 14064, uma série de diretrizes técnicas com princípios e requisitos para desenvolver, relatar e gerenciar inventários de Gases de Efeito Estufa foram criadas.
A elaboração de um Inventário de GEE é um passo importante para melhor entender como combater o aquecimento global. Ao realizar o inventário, pode-se conhecer o perfil de emissões e avaliar o impacto das emissões de gases de efeito estufa, assim, propor medidas, planos e metas que auxiliem na gestão e redução das emissões de GEE.
Além disso, o Inventário de Gases de Efeito Estufa também pode possibilitar novas oportunidade de melhoria e crescimento para a organização. Algumas delas são:
– Oportunidade de redução de custos;
– Oportunidade de melhorar a competitividade;
– Participação no mercado de emissões de GEE;
– Atração de investimentos;
– Oportunidade no mercado internacional;
– Melhorar o relacionamento com acionistas e investidores;
– Oportunidade de compensação das emissões de GEE.
Para que um Inventário de GEE seja bem feito, ele deve seguir metodologias e protocolos reconhecidos. Atualmente, a norma mais utilizada é a Greenhouse Gas Protocol – GHG, compatível com a ISSO 14064. Aqui no Brasil o método foi adaptado para o contexto nacional sob o nome de Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP).
De acordo com o PBGHGP, existem 5 princípios básicos para a contabilização e elaboração de um inventário de GEE, são eles: Relevância, Integralidade, Consistência, Transparência e Exatidão. Para a realização do inventário, o PBGHGP indica a realização de 6 passos principais:
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