A construção de um novo local deve sempre seguir alguns passos a fim de se adequar a legislação do país e garantir segurança a todos os envolvidos, buscando minimizar os possíveis impactos ambientais. Para tal, quando se refere a questão ambiental inicialmente deve ser feita a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e o Licenciamento Ambiental, ambas destacadas na Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e como resultado a identificação desses impactos ambientais em potencial e o planejamento para a sua mitigação ou compensação.
Sabendo disso, a supervisão ambiental em obras entra com a finalidade de monitorar os quesitos ambientais e orientar aqueles envolvidos nos projetos para o que foi acordado em documentos legais seja cumprido, evitando-se punições que podem surgir com o desacordo do licenciamento ambiental.
Uma obra pode causar diversos impactos ambientais, abrangendo corpos d’água, solo, ar, vegetação e incômodos na vida da população ao redor. Além disso, do início até a finalização da construção ocorre o envolvimento de diferentes colaboradores e muitas vezes, diferentes empresas e assim pode ocorrer o desencontro de informações e procedimentos. Dessa forma a presença de profissionais com o objetivo de supervisionar a questão ambiental do projeto facilita a execução correta e a adequação legal.
É também função do supervisor ambiental buscar soluções que tragam melhorias ambientais e vantagens econômicas no que diz respeito as mitigações e até mesmo no funcionamento da construção. Logo a ausência desse profissional pode acarretar prejuízos econômicos, sociais e ambientais, entrando em desacordo com o consenso do conceito de sustentabilidade.
Durante uma construção é gerado um número considerável de resíduos, que irá variar de acordo com o tamanho do projeto, nesse sentido é imprescindível a segregação, armazenamento e descarte final adequado de resíduo, buscando assim evitar a contaminação do solo e de lençóis freáticos, entupimento de bueiros e acidentes.
É papel do supervisor ambiental orientar e fiscalizar a geração dos resíduos que podem ser classificados como recicláveis ou não, podendo até mesmo ser reutilizado na própria construção, gerando além de um descarte adequado e redução nos aterros, uma maior economia.
Para alcançar esse objetivo o planejamento deve se basear em alguns pilares, como a educação ambiental dos colaboradores que estarão no trabalho diário, logo o entendimento da importância do processo é fundamental. Outro ponto é a organização da coleta seletiva através de recipientes identificados de forma eficiente e clara e analisar o possível remanejo de material para outras obras que podem ser feitas.
Outra obrigação do supervisor ambiental é o manejo da vegetação nos canteiros de obras, isso porque o estabelecimento dos pontos em que se pode suprimir a mata e quais espécies poderão ser retiradas está na autrização ambiental, delimitada na fase de planejamento da construção.
Para a realização desse processo são criados programas de supressão da vegetação que executam a remoção do material lenhoso e a limpeza do terreno conforme autorização ambiental.
Deve-se cuidar no processo de supressão da vegetação, pois a retirada da camada superficial realizada durante as atividades de corte pode resultar em problemas como a erosão do solo e assoreamento de cursos d’água. Faz parte dos cuidados também mitigar os impactos negativos da fauna local.
A utilização de máquinas e equipamentos é fundamental para um trabalho eficiente no que diz respeito a obra, entretanto com o seu uso são gerados alguns problemas ambientais, como os ruídos, a dispersão de partículas sólidas e a emissão de gases poluentes, gerando desconforto para a população ao redor.
Uma solução proposta seria a umectação, para os casos de desprendimento da poeira, de todas as áreas enquanto a pavimentação do local não é realizada. No que diz respeito aos gases de efeito estufa, o indicado é a manutenção dos veículos em local apropriado e substituição de componentes e peças com defeitos.
Por fim, em relação ao ruído, também é considerado uma poluição ambiental e este deve atender aos padrões e normativas estabelecidos.
Um conceito importante é o desenvolvimento e implantação do Programa de Comunicação Social que se refere a um instrumento de comunicação entre a empresa que irá realizar a construção do empreendimento e a população.
Com a criação desse programa o empreendedor consegue desenvolver bom relacionamento com a comunidade afetada pelas obras e aumenta a efetividade da gestão ambiental no meio, podendo receber feedbacks importantes e verificar o cumprimento do licenciamento ambiental. A comunicação está envolta a diferentes aspectos, abrangendo os possíveis deslocamentos, a existência de trabalhadores, o risco que o empreendimento pode oferecer e tensões que venham a surgir.
Tendo em vista tudo o que foi abordado em relação a supervisão ambiental e a alta demanda de mão-de-obra exigida em obras, principalmente aquelas de maior magnitude, é fácil compreender a necessidade de fiscalização nas frentes de trabalho para que todo o projeto criado seja seguido da forma ambientalmente correta.
Em muitos casos são enviados também agentes fiscalizadores na construção a fim de se verificar o cumprimento das condicionantes ambientais, o que pode resultar em notificações ou até mesmo multas em caso de infrações ambientais cometidas.
Logo, é importante que o profissional responsável pela supervisão ambiental do local instrua corretamente os colaboradores, verifique o trabalhado realizado ao longo dos dias e atue de forma clara na correção de erros cometidos pela equipe.
Com a junção de todas as frentes descritas ao longo do texto, associado a uma equipe engajada, os agentes poluidores se tornam menos ofensivos a toda a região a qual a obra será estabelecida.
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