Contaminação em postos de gasolina

Contaminação em postos de gasolina

A contaminação em postos de gasolina é uma preocupação crescente no Brasil, especialmente no estado de São Paulo. Esses vazamentos – muitas vezes silenciosos – estão espalhando benzeno, tolueno e outros químicos perigosos (aquele coquetel venenoso que chamam de BTEX) pelo solo e pelas águas que abastecem a população.

 

Os números assustam: só nos últimos dois anos, as denúncias de contaminação dispararam. E o pior? Muita gente nem desconfia que pode estar bebendo água ou morando em cima dessas áreas contaminadas.

 

Quais são os riscos de Contaminação em postos de gasolina?

Segundo a CETESB: em 2020, São Paulo contabilizou 6.434 áreas contaminadas, sendo 4.523 (70%) da Contaminação em postos de gasolina. Vazamentos em postos de gasolina não são simples acidentes – são ameaças reais que podem persistir por anos. 

 

Quando gasolina, diesel ou outros combustíveis vazam dos tanques subterrâneos, o problema vai muito além do posto:

 

Solo e água contaminados

 

  • Os químicos (como benzeno, um conhecido cancerígeno) penetram na terra;
  • Podem atingir lençóis freáticos, contaminando poços e fontes de água potável;
  • Em alguns casos, a poluição pode se espalhar.

 

Saúde em risco

 

  • Quem bebe água contaminada pode desenvolver doenças graves;
  • Moradores próximos inalam vapores tóxicos sem perceber;
  • Crianças são as mais vulneráveis aos efeitos.

 

Prejuízos que não acabam mais

 

  • Recuperar uma área contaminada pode custar milhões e pode levar décadas;
  • Donos de postos frequentemente tentam esconder vazamentos para evitar custos;
  • Quando descobertos, além das multas pesadas, podem perder o negócio.

 

Muitos casos só são descobertos quando já é tarde – quando a água da torneira já cheira a combustível ou quando surgem casos de câncer em determinada região. E enquanto isso, novos vazamentos continuam acontecendo em postos mal fiscalizados por todo o país.

 

Contaminação em postos de gasolina

Qual a importância dos estudos de Avaliação preliminar e Investigação Confirmatória na Contaminação em postos de gasolina?

O Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC) segue etapas rigorosas para identificar e remediar poluições:

Avaliação Preliminar

A primeira etapa, chamada Avaliação Preliminar, mergulha no histórico do local como um investigador que busca pistas – verifica se houve vazamentos antigos, examina o estado dos tanques subterrâneos e procura por qualquer indício suspeito.

 

Esse processo classifica a área em dois estágios iniciais: como AP quando existe apenas potencial de contaminação, ou como AS quando já existem indícios concretos como manchas ou odor característico de combustível.

Investigação Confirmatória

A segunda fase, conhecida como Investigação Confirmatória, age como um exame laboratorial minucioso. Aqui, os técnicos coletam amostras de solo e água para análises químicas precisas, capazes de detectar até vestígios mínimos de substâncias perigosas como o benzeno. 

 

Se a contaminação for comprovada, o local recebe a classificação ACI, marcando o início de um processo mais profundo de investigação.

 

Essas etapas iniciais são absolutamente vitais porque funcionam como um filtro inteligente. Elas evitam que recursos sejam desperdiçados em operações de recuperação desnecessárias, ao mesmo tempo que impedem a progressão silenciosa da contaminação quando ela realmente existe.

Classificação de Áreas Contaminadas

Quando um vazamento é detectado, a área entra numa espécie de ‘fila de despoluição’. A Resolução CONAMA 420/2009 define categorias que orientam ações de gerenciamento ambiental:

 

  1. AP – Área com Potencial de Contaminação: atividade sensível presente, sem sinais concretos.
  2. AS – Área Suspeita de Contaminação: indicações (p.e., vazamentos), mas sem confirmação.
  3. ACI – Área Contaminada sob Investigação: estudo confirmatório em curso.
  4. ACRi – Área Contaminada com Risco Confirmado: evidencia de risco à saúde ou ambiente, medidas urgentes requeridas.
  5. ACRe – Área Contaminada em Processo de Remediação: ações de remediação em andamento.
  6. ACRu – Área Contaminada em Processo de Reutilização: remediação bem-sucedida prepara uso seguro.
  7. AME – Área em Monitoramento para Encerramento: após remediação, monitoramento até encerramento oficial.
  8. AR – Área Reabilitada para o Uso Declarado: está apta ao uso previsto e certificada.
  9. AC crítica – Área Contaminada Crítica: risco elevado, requer intervenção imediata.

 

Responsabilidade de todos

No estado de São Paulo, embora já tenha tido avanços significativos —como o aumento de 337% na reabilitação de áreas entre 2014 e 2020—, ainda há muito a ser feito para frear a contaminação em postos de gasolina.

 

A solução não está apenas na remediação, mas na prevenção. Postos de combustível devem adotar tecnologias de monitoramento em tempo real, como sensores de vazamento e tanques de armazenamento com dupla contenção, para evitar danos ambientais. 

 

Além disso, a fiscalização precisa ser mais rigorosa, punindo não apenas os vazamentos, mas também práticas ilegais como a adulteração de combustíveis, que agravam os riscos à saúde e ao meio ambiente.

 

A sociedade também tem o seu papel: consumidores devem priorizar postos que seguem normas ambientais, e comunidades próximas a áreas contaminadas devem exigir transparência nos processos de despoluição. 

 

Somente com ação conjunta entre governo, empresas e população será possível reduzir os danos causados pela contaminação.

 

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