O Laudo de fauna é um meio para se conhecer os componentes da diversidade animal de determinada área ou região. Além de ser parte necessária para o licenciamento de determinados tipos de atividades e empreendimentos e na obtenção da licença ambiental.
Mas, o que, de fato, é um laudo de fauna e quando é necessário? Saiba tudo no post de hoje.
São estudos feitos para se medir potenciais implicações de uma atividade sobre a fauna silvestre, ou para sugerir medidas de manejo e conservação de determinada espécie.
Tais procedimentos são exigidos por leis federais e estaduais e são estabelecidos em manuais de licença ambiental quando a vegetação é suprimida ou em estudos de impacto ambiental.
O laudo de fauna deve incluir descrições detalhadas da metodologia de campo por grupo, locais de amostragem por imagens de satélites, como as espécies que serão inventariadas, etc.
O laudo de fauna é necessário para empreendimentos que afetem o ambiente natural, normalmente associado ao desmatamento da vegetação.
Afinal, o desenvolvimento das espécies animais está relacionado ao ótimo estado do meio vegetal em que os organismos vivem. Os biomas são constituídos por cadeias tróficas, sendo que cada animal possui uma função específica, cuja ausência pode causar grandes danos.
Quem deve fazer este relatório? Todo o negócio que:
Assim sendo, algumas companhias que podem demandar o laudo são: usinas hidrelétricas, usinas de cana-de-açúcar, aeroportos, barragens de serviços públicos, conjuntos habitacionais, portos, rodovias, aterros sanitários e outros.
O processo de elaboração de um laudo de fauna envolve a adoção de métodos e o estabelecimento do período amostral, geralmente determinados pelo órgão ambiental responsável pelo licenciamento.
A definição dos períodos de amostragem é de suma importância para garantir a representatividade dos grupos faunísticos. No Brasil, muitas espécies respondem significativamente às variações sazonais, o que deve ser considerado nos laudos, especialmente em regiões que servem como área de repouso para espécies migratórias.
Cada grupo faunístico demanda metodologias específicas, adaptáveis a cada situação. A análise do local impactado diretamente e de sua área circundante, influenciada por impactos indiretos, é essencial para essa definição.
Segue uma breve explicação sobre os métodos de levantamento de dados primários para os principais grupos de fauna.
Este grupo abrange répteis e anfíbios, geralmente amostrados em conjunto devido à sobreposição de métodos. A procura ativa envolve a busca ativa por animais sob pedras, troncos e outros habitats potenciais.
Já na amostragem passiva, os animais são registrados por meio de armadilhas ou equipamentos instalados em campo, como armadilhas de interceptação e queda.
O levantamento de aves envolve a identificação visual ou auditiva, percorrendo a área a pé ou de veículo em velocidade definida. Uma abordagem eficiente é a metodologia de pontos fixos, onde são definidos locais propícios para o registro, incluindo a possível captura de aves com redes ornitológicas.
O levantamento desse grupo pode ser realizado por meio de capturas, marcações e recapturas com armadilhas de diversos tamanhos. Observações diretas e indiretas de indícios, como pegadas, fezes e pelos, também contribuem para o monitoramento de mamíferos de grande porte.
O registro da fauna de peixes envolve o uso de apetrechos como redes de arrasto, rede de espera, rede de mão, tarrafa ou rede de cerco. O seu monitoramento é importante devido a problemas de perda da biodiversidade relacionadas à poluição entre outras ações antrópicas.
O monitoramento de fauna visa controlar os efeitos do estabelecimento e operação das firmas nas proximidades.
Permite avaliar e compreender os possíveis danos, que grupo de animais em estudo, estão expostos e, assim, implementar ações destinadas a minimizar os problemas ambientais causados por atividades nocivas, apresentando contramedidas.
Mamíferos, aves, anfíbios e répteis e peixes são os grupos mais frequentemente observados, com destaque para os mamíferos e aves, por requerem boas condições de vegetação para a sua proliferação ideal. Apesar de não ser incomum, também a vigília de zooplâncton e insetos.
Como vimos, as espécies desempenham um papel importante para a estabilização do ambiente. Afinal, são basais pela propagação de sementes, e para o controle da presença excessiva, por exemplo, de espécies nocivas em lavouras, à pecuária, ou mesmo na fabricação de diversos medicamentos.
A fauna é bioindicadora da qualidade do ecossistema, e a ausência ou presença, em certa área já permite tirar conclusões sobre a qualidade do ambiente.
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