Vamos falar de monitoramento ambiental? Desempenhar qualquer tipo de atividade pode gerar danos ao meio ambiente. Uma fábrica que se instala em determinada região, por exemplo, gera resíduos sólidos, líquidos e gasosos que podem levar à contaminação de águas, solos e da atmosfera.
Nesse sentido, é de grande importância que haja um monitoramento de alguns parâmetros ambientais, a fim de que a qualidade dos recursos naturais locais permaneça dentro dos limites aceitáveis.
Se você precisa de mais informações a respeito do monitoramento ambiental, quais os parâmetros avaliados, quando, como e por que deve monitorar, fique com a gente, pois este artigo irá tratar exatamente desse assunto.
O monitoramento ambiental, previsto na Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), tem o intuito de monitorar e prover melhor controle da de parâmetros de qualidade relacionados à preservação e recuperação de áreas de interesse ambiental.
Além disso, o monitoramento ambiental permite gerenciar de maneira mais eficaz o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Por meio de instrumentos, técnicas, processos de coleta e análise de dados e estudos, o monitoramento ambiental averigua sistematicamente variáveis ambientais relacionadas aos recursos naturais locais de maneira qualitativa e quantitativa.
É com base no monitoramento ambiental que medidas de uso, controle, preservação, recuperação e planejamento são propostos e estudados, servindo, também, de base para o aprimoramento das políticas públicas voltadas ao meio ambiente.
Além disso, o monitoramento ambiental faz parte do Sistema de Gestão Ambiental, do Plano de Desativação e Encerramento de Atividade (quando confirmado a contaminação) e é um requisito essencial no processo de Licenciamento Ambiental, em que algumas empresas, devido às atividades que exercem, devem possuir Licenças Ambientais para poder se instalar e operar.
O monitoramento da qualidade ambiental visa a entender melhor as condições dos recursos naturais, além de permitir compreender melhor a relação entre o meio ambiente e o homem.
O monitoramento ambiental é amplamente utilizado como uma ferramenta que auxilia o gerenciamento de áreas contaminadas, a gestão de impactos ambientais provenientes de obras, a recuperação de áreas degradadas, o controle da qualidade do ar, solo e água, e o monitoramento da fauna silvestre.
O monitoramento da qualidade ambiental pode ser realizado em uma “micro escala” – quando se pretende monitorar uma variável específica e local – ou em uma “macro escala” – quando o monitoramento abrange áreas ao redor e/ou áreas maiores.
Diversos são os parâmetros a serem analisados quando se está monitorando uma determinada área. Eles podem variar de acordo com o tipo de edificação e atividade desempenhada no local. Entretanto, para exemplificar, listamos alguns parâmetros de monitoramento estudados e analisados nas amostragens:
Na água (subterrâneo e superficial): Cor, sólidos, temperatura, turbidez, alcalinidade, DBO5 (demanda bioquímica de oxigênio), DQO (demanda química de oxigênio), fósforo, nitrogênio, pH, metais, compostos orgânicos voláteis, compostos orgânicos semivoláteis, praguicidas, salinidade, algas e coliformes.
No solo: presença de metais, contaminantes, compostos orgânicos voláteis e semivoláteis, densidade, granulometria, composição mineral, composição microbiológica e vapores. Mais informações sobre parâmetros e os valores orientados para solo e águas podem ser encontradas aqui.
No ar: dióxido de enxofre (SO2), partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (MP10), fumaça (FMC), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2) e outros poluentes e particulados de interesse de estudo. Mais informações podem ser obtidas aqui.
No estado de São Paulo, estima-se que 80% dos municípios são total ou parcialmente abastecidos por águas subterrâneas. Dessa forma é importante manter um controle do uso e da qualidade da água subterrânea para que sua extração e uso não altere o fluxo de base das águas superficiais. O monitoramento ambiental de águas subterrâneas, então, tem como objetivo principal caracterizar as águas subterrâneas do local.
Esse monitoramento ainda permite estabelecer parâmetros de qualidade, valores de referências, avalia a tendência de concentrações das substâncias de interesse, e serve como base para o melhoramento da gestão da qualidade dos recursos hídricos por parte dos órgãos governamentais.
É por meio de amostragens e de análises dessas amostras, com os padrões de qualidade físico-químico estabelecidos pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, que se obtêm um parâmetro que possa definir a qualidade da água subterrânea. Alguns parâmetros de estudos podem ser encontrados nas sessão acima (Parâmetros gerais de monitoramento), ou no site da CETESB.
O monitoramento de águas subterrâneas é realizado por meio de poços de monitoramento. Esses poços permitem a obtenção de amostras da água subterrânea local que serão analisadas física, química e biologicamente. Esses valores são então comparados com os padrões estabelecidos pelos órgãos ambientais para verificar a presença ou não de contaminantes.
A instalação de poços de monitoramento de água subterrânea deve obedecer à norma ABNT 15495-1: Projeto e Construção e à 15495-2: Desenvolvimento. A perfuração dos poços pode ainda ser realizada principalmente de duas formas: através de serviços de sondagem à trado manual – quando operários giram uma barra horizontal acoplada à perfuratriz/broca de perfuração – ou sondagem à trado mecanizado – quando o processo de perfuração é realizado mecanicamente.
A instalação dos poços de monitoramento de água subterrânea também acontece na Fase II – Investigação Confirmatória relacionado ao Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GACs).
O monitoramento ambiental também deverá ocorrer quando se pretende desativar uma área ou encerrar uma atividade desempenhada. Nesse sentido, quando se deseja encerrar uma atividade e a Avaliação Preliminar e Investigação Confirmatórias indicarem a presença de contaminante, é necessário entrar na Fase III – Investigação Detalhada e ir cumprindo o que determina a DD 038/2017 da CETESB e os demais planos e metas de remediações para o Plano de Desativação e Encerramento de Atividade.
O monitoramento ambiental, aqui, visa manter um controle dos valores de concentração de contaminantes do local, que devem permanecer sempre abaixo dos limites definidos. O não cumprimento das normas, poderá levar à sanções penais e multas ambientais.
Como visto, o processo de monitoramento envolve diversas normas e leis, e variam de cada caso. Independente do motivo a ser feito o monitoramento ambiental, é imprescindível a colaboração de uma equipe de profissionais especializados. A escolha de uma ótima consultoria ambiental, tornará o processo de monitoramento ambiental mais ágil, coerente e dentro do que a legislação exige.
A Horizonte Ambiental é especializada em monitoramento e gerenciamento ambiental e conta com um time técnico altamente qualificado para o atendimento do seu projeto.
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