Falar em propaganda sustentável é fundamental, sobretudo com o início das campanhas eleitorais. A cada dois anos, as ruas das cidades brasileiras são tomadas por milhares de toneladas de “santinhos” e outros materiais para a divulgação dos candidatos. Infelizmente, não são apenas os políticos que pouco contribuem para o meio ambiente.
Todos os dias, milhões de peças publicitárias, feitas principalmente de papel e plástico, são confeccionadas. Esses materiais podem ser vistos nos shoppings, supermercados, casas de shows, nas ruas, nos pontos turísticos, entre outros. Em resumo, eles estão por toda parte.
Outro problema é o tempo de uso desses materiais. Muitas vezes, essa propaganda para atrair clientes é utilizada por poucos dias. Semanas depois, todo esse material é renovado, o que gera ainda mais resíduos. Esse ciclo ocorre todos as semanas, em grandes cidades como Londres, Nova Iorque, São Paulo, Tóquio ou em qualquer outra parte do mundo.
Por outro lado, com a popularização de ferramentas digitais, como TVs de alta definição e smartphones, já não é mais necessário investir milhões de dólares em materiais de divulgação que sejam prejudiciais ao meio ambiente.
Esse movimento tem até um nome: marketing verde.
O marketing verde, muitas vezes chamado de green marketing ou eco-marketing, é uma metodologia que une marketing e sustentabilidade. O objetivo principal é promover atividades ecologicamente corretas. Elas incluem a criação de produtos menos prejudiciais ao meio ambiente, criação de embalagens sustentáveis e o uso de estratégias de marketing consideradas “verdes”, como o Social Selling.
O chamado marketing verde não envolve apenas a propaganda, mas como as empresas se relacionam com a sociedade e o meio ambiente. Muitas delas já reservam parte dos seus lucros para ajudar entidades sem fins lucrativos que apoiam a causa da sustentabilidade.
Os benefícios de uma propaganda sem resíduos.
Nenhuma pessoa gostaria de ser cliente de uma empresa que é reconhecida por produzir toneladas de resíduos não-biodegradáveis, sobretudo para propaganda. Hoje, muitas companhias apresentam balanços e apontam seus investimentos para diminuírem o impacto de suas ações na natureza.
Empresas como a cervejaria Heinekein, por exemplo, já gastam a maior parte de seu orçamento em propaganda no marketing digital.
Nessa estratégia, apenas um pequeno banner em um site pode atingir milhões de pessoas e ter milhares de impressões. Por outro lado, esse material tem impacto zero no meio ambiente. Caso a empresa queira atualizar a sua propaganda, basta atualizar o arquivo digital.
Se existe um apelo para que as empresas invistam no marketing digital e numa propaganda sustentável, esse apelo é o custo. Um e-mail marketing, por exemplo, pode ser enviado de maneira personalizada para milhões de pessoas. O custo por envio é muito baixo se comparado, por exemplo, aos materiais de ponto de venda.
Além deles atingirem um número pequeno de pessoas, os custos de impressão e confecção são muito altos. Hoje, muitas empresas já usam televisores no metrô e nos relógios de rua para substituírem o papel utilizado nos banners.
O vídeo oferece inúmeras possibilidades criativas, tem impacto quase zero para o meio ambiente, e pode ser atualizado a qualquer momento. Além disso, como ferramenta de venda, faz muito mais diferença na percepção do cliente.
Alguns especialistas chamam os automóveis de novo cigarro. Parece exagero, mas essa é a exata percepção dos mais jovens. Hoje, o carro não é mais um sonho de consumo para os adolescentes. Segundo eles, deixou de ser “cool”. Os motivos são variados, como o alto investimento para se manter um veículo. Por outro lado, há outros motivos que afastam os mais jovens das garagens.
O primeiro deles é o impacto ambiental de tudo que envolve um carro. Desde a fabricação até o consumo de combustível, o carro à combustão não é nada sustentável. Com isso, os jovens procuram soluções que sejam mais amenas ao meio ambiente. Isso vale para o transporte, vale para a propaganda.
As empresas devem explorar novas possibilidades, como o marketing de rede, impressão em papel biodegradável , ações de rua, painéis digitais, entre outras ações.
Com os consumidores sempre atentos em tudo, é preciso que as empresas sejam coerentes com suas ações. Não dá para afirmar que a companhia tem uma comunicação sustentável, e depois ver flagrantes na Internet com a empresa gastando milhares de reais com peças de marketing feitas de plástico ou papel.
No exterior até existe um termo para essas companhias que se mostram de uma forma, mas na verdade agem em direção oposta. Seus críticos afirmam que elas estão fazendo o “greenwhashing”. Em tradução livre, seria como a “maquiagem verde”. Ou seja, empresas que usam o tema da sustentabilidade para benefícios próprios, sem nenhuma ação concreta pelo meio ambiente.
Quando realizada com inteligência, é uma das estratégias de marketing mais eficazes. Segundo pesquisa feitas pelo Instituto Nielsen, dos Estados Unidos, 48% dos americanos responderam que provavelmente vão mudar seus hábitos com o objetivo de reduzir o impacto ambiental.
Outro ponto interessante da pesquisa é o indicativo de que produtos sustentáveis estão a ganhar cada vez mais espaço nas prateleiras. Em 2019, eles já representavam em torno de 19,7% dos itens das gôndolas. Já em 2021 esse percentual subiu para 25%.
Não há mágicas nesses dados, sobretudo no mercado americano. Se esses produtos estão com maior espaço, é porque são eles que geram maior lucro.
Por fim, a pesquisa indica que 90% dos Millennials – nascidos entre 81 e 1995 – estão dispostos a pagar mais por produtos ou serviços que utilizem insumos sustentáveis, como ingredientes e embalagens.
Nesse cenário, as empresas necessitam alinhar suas estratégias de comunicação para que possam explorar possibilidades não tradicionais e, ao mesmo tempo, reverter essas ações em retorno de branding.
Hoje, já está provado que o marketing digital, além de mais barato e sustentável, é a estratégia que pode melhor apresentar resultados em vendas e, por consequência, lucro para o caixa das empresas.
Portanto, é vital que elas passem a investir em uma propaganda sustentável agora mesmo. O planeta agradece.
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