Áreas extensas de ecossistemas florestais nativos foram limpas e convertidas para outros usos da terra, como agricultura, plantação, silvicultura e cidades, uma tendência que continuará com o aumento das populações. Estima-se que a área florestal tenha diminuído em um terço nos últimos três séculos na China, Oriente Médio, África, leste dos Estados Unidos da América e sudeste da Ásia.

O desmatamento tem impactos substanciais e impactos negativos generalizados no clima, hidrologia, solos e biodiversidade, com consequentes impactos nas sociedades e economias. Uma proporção considerável das florestas nativas remanescentes foram severamente degradadas para produzir recursos primários. Em seu atual estado restrito e degradado, as florestas nativas remanescentes enfrentam o potencial rápido e extremo estresse hídrico (enchentes e secas) e aumento da variabilidade climática.

Quais as causas para o desmatamento?

O desmatamento foi atribuído a fatores sociodemográficos, como crescimento populacional e economia política da estrutura de classes, e atividades específicas de exploração, como exploração comercial, agricultura florestal, coleta de lenha e remoção de pastos para a produção de gado.

Afirma-se frequentemente que o desmatamento proveniente de operações de exploração madeireira, particularmente em áreas de floresta úmida tropical, ocorre em uma sequência de duas etapas:

Primeiro, os madeireiros constroem estradas em florestas primárias ou antigas e removem árvores selecionadas. Em muitos lugares do mundo, foi observado que a operação de extração de madeira destrói 45-74% das árvores residuais. Os danos decorrentes dessa prática, no entanto, ocorrem depois que os madeireiros saem. Em seguida, é provável que os agricultores florestais sigam as estradas madeireiras em busca de novas áreas para cultivo. O famoso desmatamento em espinha de peixe em Rondônia é um exemplo clássico. Assim, uma parte substancial do desmatamento mundial pode ser explicada pela interação madeireiro/agricultor.

As causas diretas mais importantes do desmatamento incluem a exploração madeireira, a conversão de terras florestais para agricultura e pecuária, urbanização, mineração e exploração de petróleo, chuva ácida e fogo. Em outros países, práticas claras de exploração madeireira têm sido a principal razão para a perda de florestas.

No início dos anos 90, o Canadá e a Malásia eram exemplos famosos de países em que as empresas madeireiras derrubavam implacavelmente quilômetros e quilômetros de preciosas florestas primárias. Países como a Irlanda e a Escócia costumavam ser quase totalmente florestados, mas eram quase completamente derrubados sob o domínio britânico para fornecer madeira para os construtores navais ingleses. Aqui também, a respectiva histórica não deve ser negligenciada.

O que é reflorestamento?

Reflorestamento é o restabelecimento de formações florestais após uma condição temporária com menos de 10% de cobertura de dossel devido a perturbações naturais ou induzidas pelo homem. A definição de floresta afirma claramente que as florestas em regeneração são consideradas florestas, mesmo que a cobertura do dossel esteja temporariamente abaixo de 10%.

Muitos regimes de manejo florestal incluem desmatamento seguido de regeneração e vários processos naturais, principalmente incêndios florestais e colheita inesperada, podem levar a uma situação temporária com menos de 10% de cobertura natural. Nesses casos, a área é considerada como floresta, desde que o restabelecimento (ou seja, reflorestamento) acima de 10% da cobertura do dossel ocorra em um futuro relativamente próximo.

O reflorestamento não é o mesmo que o florestamento, embora ambos sejam direcionados à propagação da vegetação arbustiva. O florestamento é o esforço para arborizar uma área que originalmente não tinha cobertura de árvores. É o esforço para criar uma nova floresta em uma área anteriormente não cultivada ou em uma parte da terra que não estava coberta por floresta com objetivo de exploração econômica.

O reflorestamento, por outro lado, é repovoando uma área que perdeu sua população de árvores com objetivo de ganho ambiental.

O reflorestamento é um processo científico, porque não é apenas o plantio de árvores. O sistema requer conhecimento adequado do clima, da forma do solo, do tipo de solo da área. Portanto, para restabelecer uma comunidade florestal, é importante selecionar as árvores ou espécies de plantas que prosperarão na área.

Veja o Vídeo de Reflorestamento em Área de Preservação Permanente – APP

no município de Americana/SP executado pela Horizonte Ambiental.

Vantagens do reflorestamento

São inúmeros os benefícios decorrentes da recomposição da vegetação natural. Aqui vão algumas: 

1. Captura de dióxido de carbono: As atividades de reflorestamento promovem a depleção gradual de CO₂ da atmosfera através da absorção durante a fotossíntese. Isso, por sua vez, reduz sua concentração na atmosfera. O processo de fotossíntese libera oxigênio e, portanto, ajuda a manter o equilíbrio de CO₂/O₂. Menos dióxido de carbono significa menos poluição e menor mudança climática;

• Prevenção da erosão do solo: Outro risco ambiental suavizado pelo plantio de árvores é a erosão. As árvores evitam ou reduzem a erosão do solo e a contaminação da água. As raízes das árvores servem como redes naturais que se espalham extensivamente pelo solo para manter o solo no lugar. Como o escoamento do solo é impedido, os nutrientes essenciais são retidos e o solo permanece fértil. As árvores adicionam estrume ao solo pelas folhas que caem e pelos galhos secos;
• Manutenção do ciclo da água: As florestas mantêm o ciclo da água da área absorvendo a umidade através das folhas e raízes. Eles são um sistema natural de armazenamento de água da chuva e retarda a aridez da atmosfera. As árvores impedem que os lagos de água doce percam a umidade e sequem;
• Transpiração: As árvores liberam parte da água que absorvem como vapor de água de suas folhas. Este é o processo de transpiração; isso ajuda a restaurar a umidade da atmosfera e ajuda a manter a temperatura no ambiente local;
• Combate às mudanças climáticas: As plantas ajudam a reduzir a quantidade de dióxido de carbono no ar e diminuem significativamente a presença de gases tóxicos como o metano. Portanto, somente através do reflorestamento planejado os efeitos do desmatamento podem ser verificados e o aquecimento global pode ser reduzido. As florestas são sumidouros efetivos naturais de carbono. O carbono produzido pela queima de combustíveis fósseis é absorvido pelas florestas;
• Restauração de habitats: O desmatamento e a urbanização têm sido uma ameaça constante à flora e fauna de qualquer área. Perdemos inúmeras plantas valiosas e muitos animais estão enfrentando ameaças de quase extinção. O reflorestamento não apenas verifica a poluição ambiental, mas ajuda a preservar a vida selvagem. Além dos benefícios climáticos, o reflorestamento tem o potencial de preservar espécies ameaçadas de extinção. Uma floresta em recuperação serve de habitat a diversas de espécies de plantas e animais em ameaça.
• Fortalece a economia: As florestas sempre foram uma grande fonte de economia. A fábrica de papel depende da polpa de madeira fornecida pelas árvores. A madeira pesada era a principal ocupação do povo na região de coníferas. Quando uma floresta é adequadamente gerenciada e mudas são plantadas regularmente, as florestas são uma fonte sustentável de madeira, sementes e frutas. As florestas restauradas fornecem emprego às pessoas locais que recolhem produtos florestais e os transformam em artesanato.

O reflorestamento também pode ajudar os humanos a lidar com os problemas da fome no mundo e a lidar com o uso e a disponibilidade da água. A restauração de florestas tem muitos benefícios nos níveis químico, social e biológico de um ecossistema inteiro.

O reflorestamento também pode ajudar a fornecer empregos para aqueles que não possuem habilidades para serem empregadas em outras indústrias. Portanto, beneficia não apenas o meio ambiente, mas também a economia.

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