O setor imobiliário é o setor da economia que lida com a compra, aluguel ou venda de um determinado terreno, ou construção sobre ele. Além de ser importante para toda a população, é essencial para todos os outros setores econômicos.
Praticamente toda ação humana gera resíduos, que podem se acumular e atingir concentrações perigosas à vida humana e ao meio ambiente.
Terrenos afetados por substâncias nocivas, que excedam os parâmetros estabelecidos pelos órgãos competentes, podem ser considerados contaminados. Assim, é importante considerar os passivos ambientais ao adquirir um terreno, em vez de ser motivado apenas pelo preço ou localização.
Afinal, ignorar esses fatores pode acarretar consequências econômicas, jurídicas e ambientais, já que a responsabilidade pela reparação do dano ambiental pode recair parcial ou totalmente sobre o proprietário da área.
Além das consequências jurídicas, econômicas e ambientais, diversos problemas podem ser acarretados pela contaminação da área do empreendimento, como problemas à saúde dos empregados, impossibilidade de exercer determinadas atividades e comprometimento da imagem da empresa no mercado e com clientes.
Quer entender melhor sobre o assunto? Então confira esse post até o final, e fique ciente das precauções necessárias para evitar a compra e venda de terrenos contaminados. Aproveite a leitura.
Diferente do que se possa imaginar, compra, venda e aluguel não são as únicas maneiras de se expor economicamente ao mercado imobiliário.
Investidores podem acessar fundos imobiliários, e até mesmo aqueles que investem em empresas na bolsa estão envolvidos com o setor, já que as atividades dessas empresas estão relacionadas aos terrenos que elas ocupam.
A perspectiva econômica atual para o setor é de crescimento. Economistas e especialistas apontam os principais fatores que impulsionam o crescimento imobiliário no Brasil:
Ao comprar um terreno, ou mesmo investir em algum, é normal que ocorra o levantamento de dados do imóvel, etapa em que se procura possíveis problemas e se analisa os documentos e a viabilidade da compra. Para garantir que não se aloque capital em uma área contaminada, algumas etapas devem ser adicionadas a este processo:
Todos esses processos são complexos e por isso recomenda-se recorrer a profissionais e empresa especializada no tema.
Além disso, também podemos pontuar possíveis problemas com a compra e venda de terrenos contaminados resultando na rescisão do contrato e até mesmo na devolução do valor pago. Observando o que é citado no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990:
“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”
São todos os danos causados ao meio ambiente devido às atividades de uma empresa. Quando uma companhia se instala em determinado local, é comum que cause desequilíbrio na região, como destruição de áreas verdes e poluição. Para mitigar esses impactos, deve-se tomar as medidas adequadas.
Assim, o passivo ambiental envolve compromissos assumidos pela instituição para:
Há diferentes tipos de passivos ambientais, que podem ser categorizados conforme sua origem, natureza e impacto no ambiente. Alguns dos principais tipos incluem:
1. Passivos ambientais pontuais
Referem-se a locais específicos, como um derramamento de produtos químicos em uma área particular. Eles são mais fáceis de identificar e avaliar, permitindo a adoção de medidas para recuperação.
2. Passivos ambientais difusos
Espalham-se por áreas mais amplas, como a contaminação do solo ou da água devido a atividades agrícolas ou industriais. Esses passivos são mais difíceis de identificar e avaliar, tornando sua recuperação mais complexa.
3. Passivos ambientais históricos
Resultados de atividades passadas que ainda impactam o meio ambiente, como a contaminação de solos por antigas atividades mineradoras ou industriais desativadas.
4. Passivos ambientais potenciais
Ainda não se manifestaram, mas têm o potencial de causar danos ambientais no futuro, como o descarte inadequado de resíduos químicos ou radioativos.
5. Passivos ambientais urbanos
Relacionados às atividades urbanas, incluindo poluição do ar, geração de resíduos sólidos e poluição sonora.
6. Passivos ambientais em áreas protegidas
Ocorrem em unidades de conservação ou outras áreas protegidas por lei, como a degradação de ecossistemas naturais devido a atividades ilegais de caça, pesca e desmatamento.
Para identificar um passivo ambiental é possível usar vários métodos: análise histórica, checar documentos, fazer investigações de campo e tal. Um método comum é a realização da Avaliação Preliminar (Fase I).
É fundamental que essa avaliação seja feita com cuidado e de forma sistemática por uma empresa especializada na gestão de áreas contaminadas, para garantir que os resultados sejam precisos e confiáveis.
Depois de identificar o passivo ambiental, é preciso investigar e confirmar se há ou não contaminação para decidir as medidas sequenciais de investigação e remediação. Essas ações podem ir desde a remoção do solo contaminado até o uso de técnicas de tratamento no local, como biodegradação e oxidação química.
Tendo em mente a complexidade e o tempo para investigação de possíveis passivos, gerenciamento e remediação de áreas contaminadas, além dos problemas que investir em uma empresa que atua em terrenos contaminados causam, surge uma preocupação no mercado em relação aos prejuízos que esses empecilhos podem ocasionar.
Desta forma, empreendimentos que tenham um bom relacionamento com os órgãos ambientais e estejam em dia com suas obrigações com o meio ambiente são vistos como empresas mais seguras na hora de investir.
Da mesma maneira, imóveis que possuam laudos de passivos ambientais podem reduzir os gastos e problemas ocasionados por distratatos de compra e venda, além de gerar confiança nos possíveis compradores, sendo mais valorizados por isso.
É essencial que a companhia conte com o auxílio de profissionais técnicos qualificados pela gestão ambiental da empresa, dando regularmente todo o apoio técnico necessário para que a empresa esteja em dia com os documentos requeridos e possa corrigir a tempo possíveis contaminações, reduzindo substancialmente os custos de remediação e os impactos ocasionados.
Outro ponto importante é que a consultoria ambiental pode auxiliar desde a etapa da compra do terreno até a confecção dos relatórios ambientais, uma vez que investigar os possíveis passivos ambientais da área é uma tarefa complexa.
Se as medidas adequadas não forem tomadas e houver constatação de níveis de contaminação do terreno acima dos valores orientadores definidos pelo órgão ambiental do seu estado ou de acordo com a Resolução CONAMA nº 420, de 28 de dezembro de 2009, a empresa deverá continuar a realizar os estudos ambientais necessários para o Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC).
Então, ainda com dúvidas? Clique aqui e fale já com um consultor ambiental!
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