A fossa séptica é um método utilizado para tratar o esgoto doméstico. Trata-se de um sistema de tratamento primário do esgoto que age quimicamente e fisicamente sobre os efluentes.
Na prática, ela é mais utilizada em áreas rurais (por não haver rede coletora de esgoto), porém ela também pode ser encontrada em outros locais (residências, comércios e indústrias) onde também não há a possibilidade de ligação com a rede de esgoto.
Infelizmente o saneamento básico ainda não é uma realidade de todos os brasileiros, sendo a fossa séptica uma das alternativas para o tratamento de esgoto.
Na prática, os materiais mais comuns utilizados para a construção da fossa séptica são: a alvenaria e os tanques pré-moldados de polietileno prevalecendo sua durabilidade e resistência.
Um sistema como esse geralmente tem capacidade de 1.500 litros e passa por um procedimento de sedimentação. Nesse processo, as partes sólidas sedimentam-se no fundo da fossa e são decompostas por bactérias anaeróbias.
Tem como função o armazenamento de de material orgânico sólido e pastoso, não é adequada para o recebimento de efluente líquido. Os resíduos ficam em contato direto com o solo, aumentando os riscos de contaminação do solo e lençol freático.
São sistemas mais rudimentares, onde é feita a escavação sem nenhum tipo de preparo ou revestimento do local e os dejetos são enterrados diretamente no solo e sem nenhum tipo de controle com riscos de contaminação ambiental e riscos à saúde.
Cavidade subterrânea que separa líquidos de materiais sólidos. Composta por três câmaras: a primeira denominada de decantação, a de digestão (utiliza o auxílio de bactérias anaeróbicas para decomposição da parte sólida) e a câmara de escuma que recebe o material que não foi decantado.
A construção e operação de uma fossa séptica deve seguir o que determina a normas da ABNT NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos e ABNT 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.
Resumidamente se faz necessário a escolha de um lugar adequado e seco abaixo do nível do vaso sanitário para a instalação da fossa séptica e recebimentos dos três compartimentos (câmara de decantação, filtro e sumidouro), ambas devem ser impermeabilizadas, evitando-se riscos de contaminação do solo e água.
A água proveniente dos banheiros vai direto para a fossa séptica ocorrendo o processo de decantação dos materias sólidos (mais pesados) e remoção de materiais que ficam suspensos (mais leves). Esses materias mais leves separados que ficam na superfície são geralmente gorduras contidas no esgoto, que recebem a denominação de escuma. Já o material sedimentado no fundo do tanque é chamado de lodo.
Na etapa posterior, essa parte líquida com materiais suspensos seguem para o filtro anaeróbico, onde ocorrerão a filtragem desse material com o auxílio de pedras de brita funcionando como uma “peneira” e retendo mais alguns resíduos sólidos menores que conseguiram migrar do tanque da fossa séptica.
E por fim, o sumidouro etapa final do processo de tratamento primário da fossa séptica, que apresenta o fundo coberto com areia e cascalho auxiliando na filtragem lenta onde o líquido será devolvido ao solo ou reaproveitado.
No mais, sabe-se que o tamanho do tanque de esgoto depende do número de usuários do sistema. Além disso, sabemos que as águas residuais de banheiros, pias e ralos não devem misturar-se com os resíduos tratados em fossas sépticas.
A limpeza da fossa séptica é um ponto importante que muitos acabam esquecendo e acionando esse serviço somente quando algo de mais grave acontece. A limpeza da fossa séptica deve ser feita periodicamente para a remoção do lodo. Abaixo apresentamos alguns pontos importantes do porquê realizar essa limpeza:
Devido à presença de inúmeros tipos de microrganismos patogênicos, você deverá lançar mão de algumas ações para prevenção de riscos associados a sua fossa séptica.
A exemplo, recomendamos que você não a instale próximo a poços de captação de água. Isso diminui as chances de contaminação por vazamentos e contato da água liberada de fossas com água destinada ao consumo humano, animal ou vegetal.
De resto, sabemos que as fossas sépticas instaladas inadequadamente (ou mal projetadas) que não seguem as normas ABNT podem, eventualmente, levar à contaminação das águas superficiais e subterrâneas. Os seus dejetos podem introduzir microrganismos patogênicos na água potável local. Isso não só contamina as plantações, mas também pode causar inúmeras doenças em humanos e animais.
Como vimos a fossa séptica é uma unidade de tratamento primário do esgoto doméstico. Ela é uma alternativa para locais que não possuem rede coletora de esgoto e não são atendidadas por saneamento básico.
Vimos também que a fossa séptica necessita passar por limpezas periódicas para a remoção da matéria orgânica depositada nos tanques.
Outro ponto importante que foi abordado é com relação aos riscos que esse sistema pode ocasionar no meio ambiente com contaminações do solo e água e a geração de possíveis passivos ambientais, além dos riscos à saúde humana.
E por fim, se a sua residência ou comércio já é atendida pela rede pública de esgoto solicite sua conexão. Isso possibilita melhorias na qualidade ambiental e vida das pessoas, além de um tratamento mais adequado dos seus efluentes domésticos.
De resto, gostaríamos que nos deixasse a sua opinião sobre o post de hoje com o título: “Fossa séptica: você sabe o que é?” por meio de um comentário, logo abaixo. E, com isso, nos ajude a aprimorar, ainda mais, os nossos conteúdos. Até a próxima!
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2 Comments
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