O que é tratamento de efluente?

A industrialização é um dos principais fatores no desenvolvimento da sociedade. Mas, também é um dos elementos que degradam o meio ambiente e agridem o planeta.

Portanto, para reduzir o impacto ambiental das indústrias, o tratamento eficaz de seus efluentes é um dos elementos essenciais. Confira no post de hoje, tudo o que você precisa saber sobre esses resíduos e a sua correta gestão.

O que é tratamento de efluente?

Os efluentes são um conjunto de fluidos que inclui águas residuais de atividades domésticas e industriais, bem como águas de escoamento superficial. 

Dependendo do setor industrial, os efluentes podem ser de diferentes naturezas: águas residuais, óleos, hidrocarbonetos, poluentes orgânicos (corantes, detergentes, derivados de nitratos ou derivados clorados), metais ou ácidos minerais (ácido clorídrico, nítrico, sulfúrico, etc.).

Estes efluentes podem trazer impactos significativos ao meio ambiente e à saúde pública. Portanto, o tratamento é crucial porque permite às indústrias um gerenciamento ambiental adequado das suas atividades e destinação final correta desses resíduos.

Quais são os tipos de tratamento de efluente?

O tratamento de efluente é uma atividade exigida por lei. Como esses elementos podem causar contaminação do solo e água, é necessário realizar os devidos tratamentos antes de descartá-los.

Para isso, devem passar por diversos processos físicos, químicos e biológicos em fases distintas de tratamento.

Os termos usados para descrever diferentes graus de tratamento de efluente, em ordem crescente são: preliminar, primário, secundário e terciário.

Quais são os processos de tratamento de efluente?

·         Tratamentos preliminares

Primeira etapa do tratamento de efluente tem como objetivo a remoção de resíduos grosseiros capazes de causar problemas para as instalações e sistemas posteriores. O funcionamento nesta etapa ocorre como uma barreira física onde o efluente passa geralmente por uma peneira ou grade.

·         Tratamentos primários

Eles visam remover outros sólidos suspensos presentes no efluente a ser tratado. Principalmente matéria de natureza orgânica. Esta etapa pode envolver os seguinte processos: decantação primária, flotação, neutralização e precipitação química.

O processo geralmente ocorre fazendo o esgoto passar por câmaras de sedimentação especiais e pode ser facilitado pelo uso de substâncias floculantes específicas que aumentam a capacidade de agregação das partículas em suspensão e, consequentemente, também aumentam sua sedimentabilidade.

·         Tratamentos secundários

Nesta etapa, visa-se a eliminação de substâncias orgânicas biodegradáveis e a remoção de sólidos na forma coloidal, que não são sedimentáveis e, portanto, não podem ser separados com tratamentos físicos.

A redução de substâncias orgânicas pode ocorrer através de diferentes processos, os mais comuns são:

1. Processos anaeróbios, que exploram a ação de microrganismos que se alimentam de matéria orgânica e vivem na ausência de oxigênio.
2. Processos aeróbicos, que exploram a ação de microrganismos aeróbios que se alimentam de matéria orgânica e são estimuladas pela difusão de oxigênio (bioestimulação aeróbia).

·         Tratamentos terciários

Têm a finalidade de refinar e aperfeiçoar o tratamento de depuração reduzindo a carga de elementos nutritivos (principalmente fósforo e nitrogênio) entre outras substâncias presentes nas águas de saída das estações de tratamento secundário.

Etapa fundamental para eliminar cor e cheiro, além da desinfecção da água por cloro com a eliminação de bactérias presentes na água e para que assim possam atender os parâmetros pré estabelecidos pelos órgãos ambientais antes de serem lançadas no meio ambiente.

Considerações Finais

Como vimos, o tratamento de efluente é normalmente composto por uma combinação de vários processos que podem ser de natureza química, física e biológica.

Sendo a principal vantagem do tratamento, minimizar a carga de poluentes a um nível aceitável e dentro dos parâmetros estabelecidos em lei e que permita o seu lançamento no meio ambiente de forma a não prejudicar as várias formas de vida, incluindo dos seres humanos.

Vale salientar que a depender das características do efluente ele pode ou não passar por todas as etapas de tratamento citadas acima.

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