Riscos de contaminação do solo: Por que minha empresa deve se preocupar?

Você está certo de que sua empresa ou futuro projeto não oferecem riscos de contaminação do solo?

De fato, os impactos podem ser irreversíveis, afetando não só a companhia, mas também ecossistema e a sociedade como um todo. Portanto, ignorar essa questão significa arriscar o sucesso do projeto e a reputação que seu empreendimento levou anos para construir.

Mas, para te ajudar a compreender melhor os riscos de contaminação do solo, elaboramos este post para esclarecer tudo sobre o tema e, como se prevenir, caso ainda não tenha tomado as devidas precauções. Boa leitura.

O que é o solo?

Solo nada mais é do que um substrato onde a matéria orgânica existe, fornecendo suporte para a vida humana, vegetal e animal. Ele é constituído basicamente por matéria inorgânica (rochas) e orgânica, resultante da decomposição de animais e plantas. No entanto, certas atividades produtivas podem causar contaminação do solo.

Algumas atividades produtivas acabam gerando contaminação no solo, devido ao despejo de resíduos, combustíveis e produtos químicos que agem nocivamente sobre a camada visível e subterrânea.

Sem sombra de dúvidas, dependemos da qualidade do solo para a nossa existência.

Evitar essa contaminação é uma ação importante se pensarmos de forma sustentável, garantindo para as futuras gerações a possibilidade do uso do solo da mesma forma como o utilizamos atualmente.

Especialistas identificam três fontes principais de degradação: agentes químicos, resíduos urbanos e resíduos industriais. A exposição contínua a essas fontes pode, a médio e longo prazo, tornar o terreno inadequado para diversas atividades.

O que acontece é que com a contaminação do solo, o ecossistema fica comprometido colocando em risco a sobrevivência dos seres vivos do planeta. Em suma, a contaminação no solo pode comprometer inúmeras atividades como: a produção de alimentos, a estrutura para edificações, dentre outras atividades que podem gerar um nível grave de calamidade.

A importância do uso do solo

Manter a qualidade do solo para seu uso de forma racional é tarefa de todos. Se pensarmos que a produção de alimentos, seja de origem vegetal ou animal, depende do manejo adequado e sustentável no uso do solo, percebemos que a importância do solo é fundamental para a existência do ser humano.

A presença de macro e micronutrientes nas camadas que compõem o solo é o que determina a potencialidade do seu uso sendo assim, é de suma importância detectar o percentual desses agentes pois, algumas culturas agrícolas por exemplo, depende da presença desses nutrientes.

É comum detectar a falta de algum nutriente essencial e, nesses casos, processos como adubação e enriquecimento do solo são necessários.

A melhor forma de garantir que o solo esteja com um nível de qualidade aceitável é a realização de estudos e análises ambientais, que visam atestar os parâmetros físico-químicos baseados na legislação e normas técnicas.

Mas, o que significa contaminação do solo?

A contaminação do solo, ou poluição do solo, ocorre quando há a presença de substâncias xenobióticas, ou seja, estranhas ao organismo, geralmente como resultado de atividades industriais. Os contaminantes mais comuns incluem:

• Hidrocarbonetos de petróleo;
• Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos;
• Solventes;
• Pesticidas;
• Chumbo;
• Mercúrio.

Consequências da contaminação do solo

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As consequências da poluição do solo são diversas e podem ser altamente perigosas.

Além de causar danos que podem ser permanentes, a contaminação pode acelerar o surgimento de doenças, algumas delas que levam à morte.

Os impactos mais comuns no solo pela contaminação são:

• Redução da fertilidade do solo;
• Erosão;
• Desequilíbrio do ecossistema;
• Redução e desaparecimento da vegetação nativa;
• Aumento da salinidade;
• Liberação de gases poluentes;
• Contaminação dos alimentos que a terra produz;
• Desertificação.

Além disso, a contaminação pode provocar sérios problemas de saúde pública devido à toxicidade e à exposição a agentes contaminantes. Afinal, se a contaminação ocorrer pela água, as consequências podem afetar não apenas uma cidade, mas também outros municípios.

O que diz o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)?

Para determinar a necessidade da realização de análises ambientais em solos é preciso conhecer o objetivo e a atividade a ser realizada bem como características edáficas do solo no terreno em questão.

Mensurar parâmetros físico-químicos do solo, qualidade e fertilidade para plantio e até mesmo verificar a possibilidade de construção de edificações e outras obras, são exemplos de atividade que podem demandar uma análise de solo.

Os laudos e resultados devem ser apresentados pelo laboratório contratado de forma analítica contendo: o cronograma das coletas, o responsável técnico pela coleta e ensaio laboratorial e o comparativo da quantificação dos parâmetros físico-químicos amostrados em relação aos valores normatizados.

Laudo de Passivo Ambiental

Os passivos ambientais representam as responsabilidades que uma empresa possui em relação à restauração de áreas impactadas. Em outras palavras, surgem sempre que um local é degradado ambientalmente sem que medidas de recuperação tenham sido implementadas.

Assim, o laudo ambiental para investigação da poluição do solo é um documento emitido por uma equipe técnica multidisciplinar, incumbida de identificar alterações relevantes na composição química e estrutural de um determinado terreno.

A Avaliação de Passivo Ambiental é geralmente conduzida em quatro etapas distintas:

1. Avaliação Inicial de Passivo Ambiental: Esta fase visa coletar dados técnicos e históricos da área, incluindo atividades passadas e presentes no local.
2. Confirmação do Passivo Ambiental: Se a contaminação é suspeitada durante a Avaliação Inicial, esta etapa busca confirmar sua existência através de trabalhos de campo. Isso envolve análises de solo, água e vapor com coletas de amostras, utilizando equipamentos de medição especializados.
3. Investigação Detalhada de Passivo Ambiental e Análise de Risco: Aqui, a extensão da contaminação e a concentração de substâncias químicas no ambiente são determinadas. Esse estudo de investigação detalhada também avalia os riscos para o meio ambiente e a saúde pública decorrentes da contaminação, estabelecendo níveis seguros de contaminação que não causem danos.
4. Recuperação de Áreas Degradadas: Na fase final, são delineadas as atividades necessárias para recuperar a área afetada através da etapa de remediação, visando mitigar os impactos ambientais e proteger a saúde pública.

Quem necessita de um Laudo de Passivo Ambiental?

Segundo o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB, a realização deve ser feita em casos de atividades industriais e comerciais que potencialmente oferecem risco de contaminação do solo e as águas subterrâneas, como:

• Extração de minerais e combustíveis;
• Fabricação de canos, tubos e conexões;
• Indústria cimentícia e artefatos de amianto;
• Indústrias metalúrgicas;
• Comércio de produtos derivados de petróleo;
• Fabricação de ração, farinhas de carne, sangue e osso;
• Produção de detergentes, refino de óleo e tingimento de tecidos;
• Indústria metal-mecânica;
• Tratamento de resíduos industriais;
• Entre outras atividades.

Quais são os custos envolvidos na reparação de um dano ambiental?

Diversos gastos entram em jogo, desde os custos de possíveis indenizações até a recuperação do local afetado. Esse processo pode se tornar particularmente oneroso, especialmente dependendo do ambiente em questão. Por exemplo, se houver poluição do lençol freático, a operação de remediação se torna ainda mais complexa.

Adicionalmente, outros elementos devem ser levados em conta, como os danos aos ecossistemas naturais, os custos relacionados à prevenção, investigação e vigilância ambiental.

Após a conclusão das operações de remediação, é imperativo garantir que todas as áreas impactadas estejam em conformidade com o que é exigido pelos órgãos ambientais.

Isso implica em testes de solo, água e ambiente, gerando despesas que podem ser mitigadas por meio de um seguro ambiental, salvaguardando a empresa contra perdas financeiras significativas.

Como uma consultoria ambiental pode ajudar?

Como vimos, ações devem ser tomadas o quanto antes, principalmente se um projeto que pode oferecer riscos já está em andamento. Mas para determinar se esses riscos existem, é vital contratar uma empresa de consultoria ambiental.

Além disso, as leis e normas estão em constante atualização, fazendo com que esse procedimento se torne algo difícil de ser realizado por profissionais que não são do ramo.

A Horizonte Ambiental fornece uma gama de serviços ambientais, contando com profissionais qualificados para auxiliar seu empreendimento em todas as etapas.

Entre em contato com nossos consultores e descubra como podemos ajudar a sua empresa!

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